quinta-feira, 4 de novembro de 2010

things are looking up, finally!

Meio que uma continuação de outro texto, leia-o primeiro aqui para melhor compreensão.

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– E se ainda importar?

– Foi sua escolha.

– Estou me desfazendo dela.

– Mas não importa.

Uma atriz impecável, é isso o que eu sou. Minha voz cortante e convicta a atingiu como ela tinha me atingido milhares de vezes antes, magoando. Eu não tinha chorado na frente de ninguém. Eu não tinha deixado ninguém perceber o que eu realmente sentia. Eu era mesmo uma atriz perfeita – e não me orgulhava disso. Eu não queria interpretar. Mas ela não desviou o olhar como eu esperava. Não desistiu. Ela retorceu os lábios naquele maldito meio sorriso e seu verde capturou o meu azul. Então eu percebi – tarde demais – que havia uma única falha. Ela podia ler meus olhos com uma facilidade imensa. Inclusive a verdade por trás deles.

– Deixe-me tentar apenas uma coisa.

– Eu não quero.

– Você não pode confiar em mim por dois minutos?

– Posso. Esse é o problema. Eu não quero.

– Apenas feche os olhos.

Eu não queria. Não queria porque eu confiaria novamente e tudo acabaria mal novamente. Nós éramos erradas uma para outra, estávamos fadadas a magoar uma à outra. Quantas vezes continuaríamos tentando depois das brigas e das lágrimas? Eu não queria. Mas eu também não sabia dizer não para ela. Fechei meus olhos e observei o silêncio. Nada aconteceu, a principio. Depois de alguns segundos, eu senti o calor. O calor e o perfume. Trinquei os dentes. Senti os braços envolvendo meu corpo e quis dar um passo para trás, mas meu corpo não me obedeceu. As mãos dela se cruzaram na base da minha cintura, o calor doce me abraçou junto dela. Eu não soube mais ao certo o que eu queria ou não queria. Senti a mão dela repousar atrás de minha cabeça, em meu cabelo, e depois a pressão leve de seus dedos me empurrando ao encontro dela. Fez-me deitar a bochecha em seu ombro, tocando o nariz em seu pescoço – a única altura que eu alcançava – e depois acariciou de leve meu cabelo. Com carinho. O perfume me inebriou mais e meu medo de confiar se dissipou aos poucos. Eu ainda me sentia protegida naquele abraço. Ela ainda me acalmava. Ainda era a minha inglesa arrogante e irritante. Ainda era a minha Goodrich. Good and rich. Deixei-me suspirar longamente e permiti que meus braços a envolvessem, apertando-a com força. Urgência. Eu não queria correr o risco de que ela desaparecesse em breve. E então me deixei cair. A atriz perfeita ruiu e eu era apenas a Sophy. A pequena francesa que sentia falta de estar naquele abraço. Ela encostou o queixo no topo da minha cabeça e foi paciente enquanto eu chorava e soluçava, apertando-a tão forte que deveria quase machucar. Apenas continuou a acariciar meu cabelo com calma, até que eu finalmente me acalmasse.

– Desculpe por mentir.

– Eu não acreditei, nem por um segundo.

– Nem eu.

ps: lawrich. o primeiro foi em primeira pessoa também, mas narrado pela Nichole. Esse é narrado pela Sophia. Surgiu DO NADA na minha mente quando eu já tinha ido deitar e não me deixou dormir ¬¬ Então resolvi não desperdiçar o momento né? Comentem, please?

5 comentários:

  1. sempre tem um texto que não deixa a gente dormir :(


    LAWRICH LOVE <3
    lindo! *-*

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  2. aaaaaaaaaaaaaah que foooooooooooooooooooda T_____________T team lawrich (L)

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  3. ai q apelona essa Nick

    é incrível como os sentimentos podem ser enganosos se proferidos pelas palavras, mas as atitudes revelam a verdade, por mais inconsciente q sejam

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  4. nuss q perfooo *------------------------------*

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  5. AHHH eu sabia que não ia terminar daquele jeito! Muito foda, dona Leonarda! *-*

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