sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Brincando de Hipocrisia

Eu não tenho nada contra heteros, sabe? Mas acho que eles deveriam me respeitar. Que história é essa de trocar beijos em público? Ninguém precisa ficar vendo aquilo. Andar de mãos dadas até consigo tolerar, mas caminhar abraçados? Pra que? O que as crianças vão pensar, o que elas terão como exemplo? É melhor manter uma distância, sabe? Tratar como amigo – nada de demonstrações de afeto, assim ninguém sai prejudicado.

E essas festas que eles fazem? Baladas, raves. Acontece de tudo, não é? Sexo, álcool, drogas. Eles acham isso bonito? Garotas de mini-saia, blusas transparentes com decotes que chegam até o umbigo. E essa mania de sexo no primeiro encontro? Sexo anal, oral? É uma coisa que Deus não permite, sabe? É pecado, afinal, sexo precisa ser feito com o intuito de procriar. Só isso. Mas o que eu posso fazer? Esse pessoal é quem vai se ver com Deus e eu, no final das contas, não tenho nada contra eles. Sem preconceitos.

Até tenho uns amigos heteros! Acho muito engraçado. Eles são tão sérios, mal humorados e não sentimentalistas. Pedem conselhos porque não entendem as mulheres. Eu os adoro, é claro, são criaturas adoráveis. Mas filho meu? Nem pensar! Não posso permitir que eles se exponham dessa maneira. O que as vizinhas irão pensar? Que eu não os eduquei direito, no mínimo! E ainda há todas as dificuldades. Esse preconceito – acho ridículo! – contra uma minoria. As doenças sexualmente transmissíveis... E se meu filho for espancado na rua? E se perder o emprego, os amigos, por conta de sua opção? Não, não gostaria que um filho meu sofresse desse jeito.

Mas não tenho nada contra heteros não, viu?

ps: foi um texto irônico, TÁ GENTE? só pra constar.

domingo, 21 de novembro de 2010

lights: off. fear: on #5

Seus olhos se abriram e encontraram nada além da escuridão a envolvendo, no mesmo momento em que o cheiro fez seus pulmões arderem em horror. Tentou se mover, mas percebeu suas mãos e pés marrados à superfície mole em que você estava deitada. Durante segundos que lhe pareceram horas, não houve nada além do escuro e daquele cheiro de fezes e carne em decomposição. Sob você. Sujando sua pele, seu cabelo, talvez até sua alma. Seu estômago revirou, rejeitando àquela idéia terrível, mas você não pôde fazer nada além de tentar respirar com calma e pouco sentir. Nada além de tentar manter o controle. Tão típicos seu. Tão inútil.

– Você demorou para acordar. – Eu falei. – Estava ficando entediada.

Você estremeceu de susto ao perceber que não estava sozinha. Levantei-me, deixando o copo de suco na mesinha ao meu lado, e acendi a lanterna que tinha numa das mãos. A luz machucou seus olhos e eu a direcionei para a pequena caixa de madeira em que você estava presa. Iluminei a areia em que você estava deitada. Areia com fezes e o cheiro inconfundível e forte da urina de gatos. Os seus gatos. Duros, com os pelos dos corpos em decomposição roçando sua pele seminua. Ao perceber isso, seu corpo estremeceu num espasmo involuntário. Eu sorri, abaixando-me ao seu lado.

– Eu, se fosse você, tentaria não vomitar agora. Não terei o trabalho de limpar e isso vai ficar mais nojento do que já está. E não me culpe por isso, se você não fosse tão certinha, enjoada e organizada... Talvez o seu fim fosse mais digno. Mas eu acho que ele condiz com você.

Pisquei um dos olhos, divertida, levantando-me. Tão arrogante, tão cheia de si. Sempre acreditando ser superior aos outros. Sempre achando qualquer um indigno de sua atenção, amor ou perdão. No fim, você retornava exatamente ao que era: Nada.

– Quero fazer uma brincadeira com você. Roleta-russa, sabe?

É claro que sabia. Seus olhos se arregalaram, o horror exalando das íris escuras tanto quanto sua pele. Chegando até mim de modo puro e cru. Envolvendo a sala de medo, o seu medo. Meu relaxante natural. Retirei apenas uma bala e o revolver do bolso, colocando-a no tambor e o fechando. Em seguida, afastei-me um pouco e bebi mais um gole de suco de morango antes de pegar uma caixa encostada ao lado de minha cadeira.

– Já que você está impossibilitada de se mover, nossa brincadeira será um pouco diferente do que o normal. Nenhuma de nós sabe em qual posição está a bala e eu irei mirar em seis partes, vitais ou não, de seu corpo. – Fiz uma pequena pausa. – Acaba quando a bala for descoberta. Preciso avisar que doerá, sim, mas pode ou não ser um tiro fatal. Tudo depende da sua sorte.

Abri a caixa sobre você e algo – vários algo – atingiu seu corpo sem força alguma. Pequenos animais de patas ágeis, os rabos roçando sua pele enquanto subiam e desciam. Outros pareciam menores. Cheiravam-na, abrigando-se debaixo de seus braços, entre suas pernas, em seu cabelo curto. Quando você percebeu do que se tratavam – ratos e baratas de diversos tamanhos – o grito de horror finalmente escapou. Histérico. Descontrolado.

Eu não pude fazer nada além de sorrir, extasiada.

– Eu poderia tentar te dar alguma lição de moral. Falar o quão odiosa você consegue ser, quando quer. Falar sobre como você só acha que pode magoar qualquer um sem ser magoada. Sobre como você não é uma daquelas patricinhas das séries que gosta de assistir. Mas não ajudaria muito.

Distraída, mirei em uma de suas coxas. O horror a consumia, fazendo seu ar faltar, misturando-se ao odor que a envolvia. A lanterna continuava ligada, formando um pequeno espaço iluminado entre nós duas e seus novos amigos.

– Você só precisa me dizer quando quer que eu atire, ok? Se a bala não estiver lá, tudo bem. Tentaremos de novo e de novo. Mas não precisa ter pressa.

Saber que precisaria pedir para que eu atirasse fez seu medo crescer. Eu podia senti-lo, quase tocá-lo. Dançar com ele, comemorar e rir enquanto ele se tornava uma companhia agradável para mim e atormentadora para você.

– Até se sentir pronta... Apenas diga-me: Quais são os seus medos?

anything but ordinary

Sou resultados e experimentos. Uma reunião de cores e palavras, verdades e mentiras, sonhos e realidades, decepções e conquistas. Às vezes acredito que sou quem eu quero. Talvez eu seja exageradamente inacessível: Introspectiva, tímida e fechada. Não sei demonstrar sentimentos – às vezes não sei sentir. Não falo muito. Detesto chamar atenção. Sou tão observadora quanto distraída. Tenho fobia de multidões e de eletricidade. Gosto de ficar sozinha. Às vezes pareço arrogante, mas apenas brinco de ser irônica. Acho engraçado estudar as ações e reações das pessoas – embora não goste muito da maioria delas. Sou teimosa, impaciente, impulsiva ansiosa e um pouco desesperada. Irrito-me com uma facilidade inacreditável, sou ciumenta e inacreditavelmente possessiva. Às vezes penso como assassinos. Uma péssima garota.

Meu mundo é apenas meu. Sou extremamente seletiva com o que – e quem – entra nele e não gosto de precisar tirar nada de lá. É um processo doloroso. Guardo nele o que tenho de mais precioso: Eu mesma. Uma outra versão de mim. Uma menina tímida e ligeiramente engraçada, que possui crises de falar muito sobre coisas aleatórias. Amável, carente e carinhosa. Uma romântica incurável. Sonhadora. Apaixonada por animais e pela natureza. Aquela menina que possui um instinto maternal e protetor aguçados demais. Que gosta de cuidar, proteger e mimar as poucas pessoas que a cativaram. Ela tem um coração gigante e consideravelmente inocente. Ama desafios e adrenalina. Gosta de enfrentar seus medos. Gosta de detalhes e pode ser conquistada por eles. Uma ótima garota.

Filmes, música e literatura são uma parte essencial da minha vida, e de mim. Escrever é minha terapia. Sou imaginativa demais. Amo frio, chuva, tempestades, o céu escuro, praias e cachoeiras. Tenho um pouco de cada um dos sete pecados em mim. Não sei fingir muito bem. Tremo naturalmente e gaguejo de vez em quando. Tenho manias esquisitas. Passo mais tempo pensando em textos do que pessoas normais passariam. Amo a segunda guerra mundial. Tenho dificuldades para dizer não. Digo que esqueci ou perdoei, mas tenho uma dificuldade inenarrável para ambas as coisas. Tenho ideias dormindo. Amo matérias humanas...

Sou um retrato surrealista de todos os meus egos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

tons castanhos

Talvez os outros os vissem marrons. Simples, chatos. Iguais demais, comuns demais. Para ela, não eram apenas castanhos. Eram uma imensidão de tons que a prendiam com garras de aço. Que ela tinha aprendido a ler – ou eram eles que gritavam verdades por trás de palavras não ditas? Os tons gostavam de brincar, ir e vir, gritar no silêncio do olhar. Ela tinha o seu preferido: Aquele que a fazia lembrar de chocolate liquido. Era um tom quente, que a abraçava e envolvia. Vinha acompanhado de um brilho de alegria. Talvez felicidade ou paz. Inocência. Aparecia nos melhores momentos e transbordava, pingava, preenchia tudo o que pudesse alcançar. Era doce, também. Doce e dócil. Gentil. Daí – já que ela tinha aquele como preferido – vinham todas as outras variações: O mais áspero e gelado tom era o mais escuro: Quase completamente negro. Ela o odiava, ou o mais próximo que conseguia chegar disso. Tinha braços invisíveis capazes de agarrá-la pelo pescoço e sufocá-la. Aparecia nos piores momentos. Trazia consigo uma onda de frio, de descontentamento, de agonia. Às vezes de tristeza e de dor não faladas, mas gritadas em mais um silêncio enganoso. Aquele tom não pertencia àqueles olhos. Depois vinha aquele castanho ainda escuro que prendia. Desejava. Era mais um tom quente: Queimava. Incendiava. Por dentro, por fora, em silêncio, acompanhado de sussurros. E sentidos. E luxúria. E desejo, de novo. E de novo. Incansável. Outro dos preferidos. E quando a euforia do desejo se afastava, as cores retornavam àquele chocolate liquido do qual tanto gostava. Em seguida, ainda mais claros, os olhos ganhavam um tom de mel. Ainda doce, apetitoso. Geralmente acompanhado de sorrisos ou risadas. Era leve e macio. Infantil, divertido, maroto, manhoso. Uma criança. Combinava com aqueles olhos. Olhos de mudanças singelas que conversavam, riam, cantavam e brigavam com ela. Olhos que abriam uma porta para a alma, que não conseguiam esconder a verdade, que ela lia com uma clareza óbvia. Que pediam. Que tornavam a partida ainda mais difícil. Olhos que amavam. E ela se perdia e se encontrava e se abrigava e se prendia naqueles incontáveis tons castanhos.

ps: finalzinho foi uma brincadeirinha com algo da versão 3.0 de UTS, quem já leu entenderá. Um post inteiro sobre olhos. Uau! Alguém já enconrou um olhar assim? :B

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sobre amizade #1

Não sei poetizar meus sentimentos, sequer descrevê-los de maneira correta e clara. Às vezes não sei nem sentir, ou talvez seja exigente demais. Admito ser chata. Dificilmente gosto de pessoas e enjôo delas numa velocidade inversamente proporcional. Talvez eu tenha criado uma barreira em torno de mim mesma e nem eu sei como ultrapassá-la. Por comodidade, facilidade. Importo-me menos, magôo-me menos. Poucas pessoas conseguiram derrubá-la e você é uma delas.

Não sei o que fez. Como fez. Não sei quando passou de colega, conhecido, para amigo. Para melhor amigo. Sei que se tornou importante. Indispensável. Sem enfeites e jogos com palavras. Simples, cru e infinitamente sincero: Indispensável.

Acredite (e provavelmente já me conhece o suficiente para saber que falo a verdade): Não sei me forçar a conversar, a rir, a brincar. Minha timidez é compatível com a sua. Não sei ter intimidade, não sei brincar e fazer piadas, não sei falar sobre assuntos delicados, não sei desabafar e não creio que saiba ouvir desabafo. Não sinto falta de muitas coisas ou pessoas. Não quero estar perto. Não quero abraçar. Não quero demonstrar afeto. Pouquíssimas pessoas conseguiram ultrapassar mais esta barreira. Você é uma delas.

Talvez tudo tenha começado num daqueles passeios de carro. Ou naquele em especifico, em que ouvimos músicas sozinhos e conversando, os dois pulando contra a timidez e o silêncio e descobrindo mais coisas em comum do que imaginávamos. Talvez tenha sido numa das sessões de cinema, das idas ao shopping. Talvez uma daquelas conversas sinceras e que acabam engraçadas durante a madrugada. Talvez seu apoio, compreensão e (muita) paciência em momentos que eu precisei e consegui confiar em você. Talvez o fato de você ter confiado em mim também. Talvez tudo isso – incluindo também as risadas e brincadeiras.

Sei que hoje se tornou um melhor amigo que eu sempre quis. Sei que me conquistou e se tornou indispensável – daqueles que a falta dói. Sem enfeites e jogos com palavras. Simples, cru e infinitamente sincero: Indispensável.

ps: deixando os alter-egos e personagens de lado para uma série de posts na tag 'real life', abrindo com um texto especial para o @johnbubbles, do blog soprando bolhas, esse lindo que eu amo <3

Esconderijo

Um ônibus gelado, o vazio e uma pequena declaração.

Por que eu pensaria na parte ruim, se tudo tinha sido perfeito?


Ela deitou nos meus braços e repousou a cabeça em meu colo. Envolvi-a por um dos ombros e repousei a outra mão sobre sua orelha. Apertei-a contra o meu corpo, beijei-a na testa e percebi que meu coração batia forte em meu peito. Rápido e fora de ritmo. Louco. Por ela.

– Consegue sentir? – Perguntei.

– Uhum...

Não vi, mas senti o sorriso dela. Meus dedos se entrelaçaram aos cachos de seu cabelo e a acariciei com carinho. O silêncio nos dominou e não sei por quantos minutos ela sentiu meu coração bater antes de adormecer. Permaneci acordada, zelando seu sono. Nós tínhamos apenas algumas horas juntas, antes de mais um período torturante de separação, mas eu não me preocupei. Não havia em mim nenhuma tensão, todo o medo das últimas vezes tinha finalmente se dissipado por completo.

Eu a senti minha – inocente e completamente minha, e uma sensação quente e agradável me envolveu junto com o calor do seu corpo. Beijei-a na testa só para inspirar seu perfume mais de perto. Morango, tão inebriante. E então sorri sozinha. No escuro, para ninguém. Sorri porque estava feliz. Sorri porque notei que do passado finalmente restavam apenas os momentos bons e os aprendizados. Sorri porque, por mais impossível – quase cena de filme – que pudesse ser, ela ainda estava ali. Nos meus braços. Protegida, dormindo tranquilamente, deixando satisfeitos todos os meus egos: Desde o ariano possessivo ao maternal protetor.

Sorri porque eu soube, com mais certeza do que em qualquer outro momento em dois anos, que eu a amo. Sorri porque eu soube que não importaria o quanto o vazio de não tê-la nos braços doeria em mim (e mais tarde descobri que seria uma dor irracional e intensa que pressiona meu peito e sufoca os pulmões). Ela estaria de volta e tudo ficaria bem. Acabei adormecendo também, com uma certeza simples que há muito eu não tinha: Eu podia suportar. Nós podíamos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

things are looking up, finally!

Meio que uma continuação de outro texto, leia-o primeiro aqui para melhor compreensão.

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– E se ainda importar?

– Foi sua escolha.

– Estou me desfazendo dela.

– Mas não importa.

Uma atriz impecável, é isso o que eu sou. Minha voz cortante e convicta a atingiu como ela tinha me atingido milhares de vezes antes, magoando. Eu não tinha chorado na frente de ninguém. Eu não tinha deixado ninguém perceber o que eu realmente sentia. Eu era mesmo uma atriz perfeita – e não me orgulhava disso. Eu não queria interpretar. Mas ela não desviou o olhar como eu esperava. Não desistiu. Ela retorceu os lábios naquele maldito meio sorriso e seu verde capturou o meu azul. Então eu percebi – tarde demais – que havia uma única falha. Ela podia ler meus olhos com uma facilidade imensa. Inclusive a verdade por trás deles.

– Deixe-me tentar apenas uma coisa.

– Eu não quero.

– Você não pode confiar em mim por dois minutos?

– Posso. Esse é o problema. Eu não quero.

– Apenas feche os olhos.

Eu não queria. Não queria porque eu confiaria novamente e tudo acabaria mal novamente. Nós éramos erradas uma para outra, estávamos fadadas a magoar uma à outra. Quantas vezes continuaríamos tentando depois das brigas e das lágrimas? Eu não queria. Mas eu também não sabia dizer não para ela. Fechei meus olhos e observei o silêncio. Nada aconteceu, a principio. Depois de alguns segundos, eu senti o calor. O calor e o perfume. Trinquei os dentes. Senti os braços envolvendo meu corpo e quis dar um passo para trás, mas meu corpo não me obedeceu. As mãos dela se cruzaram na base da minha cintura, o calor doce me abraçou junto dela. Eu não soube mais ao certo o que eu queria ou não queria. Senti a mão dela repousar atrás de minha cabeça, em meu cabelo, e depois a pressão leve de seus dedos me empurrando ao encontro dela. Fez-me deitar a bochecha em seu ombro, tocando o nariz em seu pescoço – a única altura que eu alcançava – e depois acariciou de leve meu cabelo. Com carinho. O perfume me inebriou mais e meu medo de confiar se dissipou aos poucos. Eu ainda me sentia protegida naquele abraço. Ela ainda me acalmava. Ainda era a minha inglesa arrogante e irritante. Ainda era a minha Goodrich. Good and rich. Deixei-me suspirar longamente e permiti que meus braços a envolvessem, apertando-a com força. Urgência. Eu não queria correr o risco de que ela desaparecesse em breve. E então me deixei cair. A atriz perfeita ruiu e eu era apenas a Sophy. A pequena francesa que sentia falta de estar naquele abraço. Ela encostou o queixo no topo da minha cabeça e foi paciente enquanto eu chorava e soluçava, apertando-a tão forte que deveria quase machucar. Apenas continuou a acariciar meu cabelo com calma, até que eu finalmente me acalmasse.

– Desculpe por mentir.

– Eu não acreditei, nem por um segundo.

– Nem eu.

ps: lawrich. o primeiro foi em primeira pessoa também, mas narrado pela Nichole. Esse é narrado pela Sophia. Surgiu DO NADA na minha mente quando eu já tinha ido deitar e não me deixou dormir ¬¬ Então resolvi não desperdiçar o momento né? Comentem, please?