ps: por algum motivo, essa cena me lembrou Innocence inteira. Os que conhecem a história entenderão rs
ps2: como é lawrich, é provavel que eu apague em três, dois...
I wouldn't change a thing about it.
– Eu te amo.
Sua voz fraca soou num sussurro ao pé do ouvido, enquanto um sorriso marcava seus lábios e sua respiração irregular arrepiava a nuca dela. Sophia não conseguiu responder. Não por não sentir o mesmo – acredite em mim, ela sentia todas aquelas sensações confusas, intensas e tão agradáveis que se escondiam atrás daquelas três palavras – ou por não acreditar. O grande problema foi o nó apertando sua garganta, impedindo a voz de sair. Tinha aguardado, com toda a sua paciência forjada, por meses para ouvir aquilo outra vez, depois de tudo. Pegou-se surpresa e feliz – oh dieu, como estava feliz! – ao ouvir aquela declaração num momento inesperado. Por perceber que aquilo nunca antes havia soado tão sincero e verdadeiro.
ps: mini atualização com gostinho de Sophia Lawrey :3
Meio que uma continuação de outro texto, leia-o primeiro aqui para melhor compreensão.
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– E se ainda importar?
– Foi sua escolha.
– Estou me desfazendo dela.
– Mas não importa.
Uma atriz impecável, é isso o que eu sou. Minha voz cortante e convicta a atingiu como ela tinha me atingido milhares de vezes antes, magoando. Eu não tinha chorado na frente de ninguém. Eu não tinha deixado ninguém perceber o que eu realmente sentia. Eu era mesmo uma atriz perfeita – e não me orgulhava disso. Eu não queria interpretar. Mas ela não desviou o olhar como eu esperava. Não desistiu. Ela retorceu os lábios naquele maldito meio sorriso e seu verde capturou o meu azul. Então eu percebi – tarde demais – que havia uma única falha. Ela podia ler meus olhos com uma facilidade imensa. Inclusive a verdade por trás deles.
– Deixe-me tentar apenas uma coisa.
– Eu não quero.
– Você não pode confiar em mim por dois minutos?
– Posso. Esse é o problema. Eu não quero.
– Apenas feche os olhos.
Eu não queria. Não queria porque eu confiaria novamente e tudo acabaria mal novamente. Nós éramos erradas uma para outra, estávamos fadadas a magoar uma à outra. Quantas vezes continuaríamos tentando depois das brigas e das lágrimas? Eu não queria. Mas eu também não sabia dizer não para ela. Fechei meus olhos e observei o silêncio. Nada aconteceu, a principio. Depois de alguns segundos, eu senti o calor. O calor e o perfume. Trinquei os dentes. Senti os braços envolvendo meu corpo e quis dar um passo para trás, mas meu corpo não me obedeceu. As mãos dela se cruzaram na base da minha cintura, o calor doce me abraçou junto dela. Eu não soube mais ao certo o que eu queria ou não queria. Senti a mão dela repousar atrás de minha cabeça, em meu cabelo, e depois a pressão leve de seus dedos me empurrando ao encontro dela. Fez-me deitar a bochecha em seu ombro, tocando o nariz em seu pescoço – a única altura que eu alcançava – e depois acariciou de leve meu cabelo. Com carinho. O perfume me inebriou mais e meu medo de confiar se dissipou aos poucos. Eu ainda me sentia protegida naquele abraço. Ela ainda me acalmava. Ainda era a minha inglesa arrogante e irritante. Ainda era a minha Goodrich. Good and rich. Deixei-me suspirar longamente e permiti que meus braços a envolvessem, apertando-a com força. Urgência. Eu não queria correr o risco de que ela desaparecesse em breve. E então me deixei cair. A atriz perfeita ruiu e eu era apenas a Sophy. A pequena francesa que sentia falta de estar naquele abraço. Ela encostou o queixo no topo da minha cabeça e foi paciente enquanto eu chorava e soluçava, apertando-a tão forte que deveria quase machucar. Apenas continuou a acariciar meu cabelo com calma, até que eu finalmente me acalmasse.
– Desculpe por mentir.
– Eu não acreditei, nem por um segundo.
– Nem eu.
ps: lawrich. o primeiro foi em primeira pessoa também, mas narrado pela Nichole. Esse é narrado pela Sophia. Surgiu DO NADA na minha mente quando eu já tinha ido deitar e não me deixou dormir ¬¬ Então resolvi não desperdiçar o momento né? Comentem, please?
Meu vicio em tempo integral.
Suas mãos percorrem e (re)descobrem meu corpo com toda a calma de quem sabe exatamente o que está fazendo. Meus lábios descem por seu pescoço, imitando sua calma inexistente, e suas mãos perdem o rumo tão confiante de antes. Seu perfume é incrível.
O aroma da sua pele, o gosto dela. Tudo me inebria, me envolve, e só existe você no meu mundo. Você perde o controle quando meus dentes se fecham com cuidado na sua pele, e minhas mãos brincam com seu piercing.
Seus braços envolvem meus ombros, puxando-me ainda mais para você num abraço inesquecível, e a única coisa que eu posso fazer é encostar a cabeça em seu ombro e suspirar. I love you. Sua voz não é mais do que um sussurro, apertando-me mais contra você como se ainda tivesse medo de me perder. Você não vai me perder, amor.
Je t’aime aussi. Minha voz imita você, outra vez. Francês. Eu sei que você enlouquece com isso. Sua pele arrepia quando eu sussurro no seu ouvido, o sotaque faz você estremecer. Ou meus lábios tocando o lóbulo de sua orelha.
Nossos rostos se afastam um pouco, apenas o necessário. O sorriso – malicioso – no canto dos seus lábios me faz sorrir também. O mais simples dos gestos me faz desejá-los. Desejar você. Você sabe disso, e se diverte com isso. Brinca com o piercing e morde o lábio inferior como se estivesse distraída. E meu coração acelera. Meu corpo pede por você.
Mas você continua com essa calma tirada sabe-se lá de onde. Solta o abraço, mas ergue as mãos e as apóia entre meu pescoço e bochechas. Seus polegares afagam de leve meu rosto, com carinho, e antes que eu feche os olhos, nossos olhos se encontram. Desisto. A nossa, talvez, mais intensa ligação. O momento em que verde e azul – ambas sabemos o porquê dos tons escuros e intensos – tornam-se um. E eu finalmente entendo muito melhor o significado do que falamos há dois minutos. Amor. Se o que eu sinto quando meus olhos perdem-se nos seus não é amor, nada mais é.
– Não importa mais.
– Por que não?
– Porque você já esqueceu.
Francamente. Essa foi a coisa mais ridícula que você já me disse, e olha que você já me disse uma quantidade de coisas ridículas e impensadas incontável. Como você pode dizer isso? Como você pode acreditar nisso? Pensei que tivesse aprendido a ler meus olhos em cinco anos – mas você continua a ver apenas o que quer. Como eu poderia te esquecer, pelo amor de Deus? O seu perfume continua vivo em cada parte do meu apartamento, preso no estofamento dos sofás, nos lençóis, nos objetos, nas minhas roupas. Em mim. Cada (maldita) vez que fecho os olhos, quase consigo enxergar o seu sorriso. A sua risada escandalosa. Quase posso te enxergar correndo pelo meu apartamento como uma criança, usando óculos em algum formato idiota e rindo com meu meio-irmão mais novo. Suas bochechas corando de raiva quando alguém vence você no videogame ou conta uma piada sobre a França. Seus olhos queimando os meus sem algum motivo aparente. Todo dia quando vou dormir você volta a estar dormindo, quente e preguiçosa, entre os meus braços. Sua respiração volta a fazer cócegas em meu pescoço e você volta a me provocar como se estivesse sendo tão inocente – e eu volto a achar isso quase tão doce quanto provocante. Você volta a suspirar sob meus lábios e suas mãos voltam a apertar e arranhar minhas costas. E quando eu acordo você não está realmente lá. Eu acordo e tenho que ouvir algo como isso – que eu já te esqueci. A coisa mais ridícula do mundo. Será que você nunca vai perceber, francesa idiota, que eu te amo e que eu nunca vou poder te esquecer?
– Tem razão. Não importa mais.
ps: histórinha TOTALMENTE fictícia dessa vez :B É S/N e eu tive a idéia dormindo (pra variar), então corre o risco de ser apagada em breve (eu tenho crise de postar lawrich aqui no blog e depois apagar), maaaaaaaas XD comentem ;3
Eu te odiei desde o primeiro momento.
Você conseguiu ser insuportável desde aquele misero segundo, olhando-me daquela maneira tão irritantemente indiferente que eu poderia ter pintado o cabelo com mais dez cores só para chamar sua atenção. Seis anos. Como nós suportamos? Acredito que deveríamos receber prêmios por ainda estarmos vivas – e juntas. É provavelmente algo mais inacreditável do que passar vinte semanas com uma música no topo e nós já fizemos isso. Várias vezes.
Ninguém no mundo poderia ser mais diferente de mim do que você. Ninguém no mundo poderia ser tão irritante quanto você. E a pior parte: Ninguém no mundo poderia me fazer tão feliz quanto você. Irônico, não é? Life is a bitch, Goodrich. É você quem diz isso. Você e esse sotaque britânico idiota. Esse sotaque sussurrado, forte e tão irresistivelmente sexy. Afinal, eu preciso concordar com você. Life is my bitch.
Eu odeio sua mania de implicar comigo o tempo inteiro. Sua mania de me contrariar o tempo inteiro. Odeio quando você vive lembrando o quanto eu sou pequena, lerda, desastrada e esquecida. Odeio quando não me deixa pintar o seu cabelo e reclama que as minhas roupas são curtas. Odeio mais ainda quando usa roupas ainda mais curtas só para me provocar. Odeio quando você me constrange e o como fica olhando fixamente para mim quando estou dormindo.
Odeio quando você esquece de dar comida para a Zoe, quando fica bêbada demais ou quando dirige rápido demais. Odeio sua responsabilidade exagerada, sua mania de fazer tudo na hora certa, sua mania de organizar as minhas coisas. Odeio quando me troca por livros, pela sua câmera ou por algum filme chato. Odeio quando você finge que não liga para mim e me ignora só para se divertir. Odeio sua arrogância, seu maldito sorriso como se fosse a pessoa mais foda e hot do mundo.
Odeio mais do que qualquer outra coisa quando nós brigamos. Quando você me faz, ou eu te faço, chorar. Odeio quando somos duas idiotas orgulhosas. Odeio a freqüência com que isso acontece. Odeio quando durmo no quarto de hospedes do seu apartamento, porque mesmo putas de mais uma com a outra, você me impede de sair. Odeio estar a meio caminho do meu apartamento e você me ligar pedindo desculpas. Odeio sempre voltar.
Eu odeio, Goodrich, cada estúpido segundo em que estivemos separadas.
Você tem essa mania idiota de me acordar todos os dias dizendo que me ama. Essa mania idiota de levar café da manhã para mim na cama e de deitar comigo o dia inteiro, sem precisar fazer nada: Apenas conversar e rir. Tem essa mania de, sempre que eu tento me manter brava, me abraçar pelas costas e beijar meu pescoço. Morder-me. Tem essa mania de, sempre que eu sinto com vontade de gritar com você, abrir um sorriso infeliz que me desarma completamente.
Como se já não bastasse, você também sabe exatamente todas as coisas que eu gosto – e que me irritam. Você sabe exatamente como me agradar. Sabe quando, o que e como falar ou quando ficar em silêncio. Sabe o que fazer e quando fazer. Você sabe o quanto eu odeio o seu abraço e me puxa para você o tempo inteiro. Passa horas comigo nos seus braços, porque sabe que eu não teria a menor força para querer sair dali.
Eu te amei desde o primeiro momento.
Sophia Marie Lawrey.
ps: obrigada @johnbubbles, que deu a idéia sem querer rs
— Eu sei que eu não sou quem você quer que eu seja, Mas eu estou tentando, ok?
— Você é exatamente quem eu quero que você seja.
(...)
— Eu descobri que as lembranças não são importantes. Elas não importam, porque você é muito mais pra mim do que lembranças... Você é parte de mim. E mesmo que eu não me lembre de muita coisa, e mesmo que isso esteja me deixando louca... Eu amo você, Sophia. E isso é inesquecível.
Muita coisa mudou – muita coisa continuou exatamente a mesma. Seis anos depois do primeiro momento. Dos quinze até os vinte e um anos. Em uma história cheia de quedas e incertezas. Em uma garota que se criou e recriou milhares de vezes. Sempre houve apenas uma certeza.
A menina do cabelo colorido.
(a pequena francesa)
Teria sido uma atriz perfeita. Acabou se tornando uma rockstar perfeita, mas não perdeu a mania incontrolável de atuar na vida real. Difícil saber qual de suas milhares de personagens é a verdadeira Sophia Lawrey. Difícil descobrir quando está realmente sendo sincera.
Poderiam chamá-la de metida ou arrogante se ela não conseguisse ser tão (falsamente ou não) adorável. Se ela não encantasse qualquer um facilmente. Ela definitivamente sabe ser cheia de classe. Graciosa. Elegante. A francesa rica e mimada.
Mas ela também sabe ser aquela menina desesperada por cores, pela vida. Por mudanças. Aquela menina das roupas estranhas (e estilosas) e do cabelo colorido. Criativa. Impaciente. Instável. Inconstante. Inquieta. Impulsiva. Atrapalhada. Atrasada. Falante. Engraçada. Agitada. Carinhosa. Manhosa. Atenciosa. E talvez seja ainda mais encantadora dessa maneira. Talvez – como vários garotos(as) e a própria Nichole Goodrich já se perguntaram – ela seja realmente irresistível. Sem nem se esforçar para isso.
Não se pode negar que também poderiam – e (ou) chamaram – chamá-la de uma tremenda b-i-t-c-h. Egoísta. Egocêntrica. Narcisista. Um tanto quanto maldosa. Vingativa. Insensível. Indiferente. Irônica. Cínica. O tipo de garota que te despreza, mas você continua a adorar. Talvez ela até goste de ser assim. Mas só às vezes.
Sophia definitivamente, inquestionavelmente sabe ser sexy. Hot. Provocante. Persuasiva. Mesmo com seus poucos um e cinqüenta de altura, ainda há algo nela. Talvez o conjunto dos traços delicados de seu rosto, as curvas singelas, o corpo (um pouco) definido ou as tatuagens quase estratégicas. Talvez o contraste entre as íris azuis intensas tão doces e quase inocentes com o sorriso no canto dos lábios completamente malicioso.
Muita coisa de suas várias personagens de si mesma já havia mudado. Conseguira se tornar mais madura. Profissional, quando se tratando de banda. Mais segura. Mais confiante. Mais verdadeira. Muita coisa continuara exatamente a mesma.
Mas sua maior mudança é como não pode mais interpretar quando o assunto envolve uma única pessoa. Por maior que seja o seu esforço. Por mais que seja muito talentosa nisso. Tinha que haver uma única exceção: Ela.